
Hoje começaram as despedidas.
A gente tinha tudo combinado: um pega carona com a outra e ele ali vai de ônibus, elas vão
direto pra lá e a gente se encontra no aeroporto às 4 da tarde. O embarque era às 5 e pouco, então dava tempo de se despedir. Dizer tchau pra se abraçar de novo só depois de um ano.
Saímos de casa, vamos reunindo todo mundo, juntando um pedaço do todo enquanto vamos passando pelo caminho. Mas a coisa não foi assim tão meiga e simples. Uma blitz, um ponto de encontro errado: aparentes obstáculos da vida normal que nos tomavam muito do nosso pouco tempo e apareciam na hora errada. Ou pra nos atrapalhar ou pra nos deixar ainda mais ansiosos, vai saber... Por fim, a ligação do que se despedia anunciando a terrível notícia de que tínhamos aí uns 20 minutos até o seu embarque.
Bom, atravessar a cidade (aí uns 15-17 km) em 20 minutos é um pouco desafiador, ainda mais quando se tem a mente diluída em emoções que não conseguimos identificar e que nos levam a qualquer lugar, mas não nos deixam nos concentrarmos no caminho direito até o destino final: o aeroporto.
Corremos, pegamos mais um pedaço do todo e fomos o mais rápido possível. Uma última ligação dele que se ia nos pedia mais rapidez. Agora nos restavam cinco minutos.
"Tudo bem", dissemos. Mas pensávamos e dizíamos "Corre! É só mais uma reta! Tamos quase lá!".
Chegamos. O aeroporto tava calmo, a gente é que não tava. Não se pode nem lembrar como cinco pessoas saíram só da parte de trás de um carro popular em 2 segundos. Corríamos, a velocidade máxima era a única que nossas pernas conheciam no momento. As mentes ainda estavam cheias daquelas emoções que nos cegavam pro caminho a nossa frente. Mas ainda sim, dois olhos conseguiram vê-lo lá do outro lado. "Ali!". E corríamos! As emoções deram trégua: nos deixavam agora ver aquele do qual nos despedíamos. Nenhum tipo de regra social ou cultural impedia, ali em público, qualquer tipo de choro, palavras soltas e abraços sem fim.
O resto é despedida, textos bobos, mas expressivos. Sinais fazendo as vezes das vozes que não se podiam ouvir através do vidro. E fotos e fotos.
Agora era se contentar com ver o avião sair do chão e voar até onde os olhos não enxergam mais, pra guardar até o último segundo da despedida.
As emoções vão perdendo o controle das mentes. Nos entregando de volta à realidade que temos que viver todos os dias. À racionalidade.
Mas não nos esquecemos das emoções, que ficam ali num canto, sempre nos falando coisas que nos fazem viver como fomos feitos pra viver, como humanos.
Ele deve ter descido do avião agora há pouco.
Até ano que vem! Com os sete de novo juntos, mais fortes que antes e prontos pra não se separarem por mais um tempinho (:
E isso é só o começo, daqui a 15 dias o episódio se repete e eu vou ficar é dormente. As emoções não devem dar trégua à mente tão cedo como dessa vez. Elas vão dizer pra razão que tudo é de verdade, inclusive a distância e o tempo.

tá... deixaver se entendi... você ainda está em Brasília, cierto? o.õ
ResponderExcluirNADA consegue separar o que o destino une, nada. E isso e SERIO
ResponderExcluirTchau,Tiago.Boa viagem (:
ResponderExcluirOi,Ramsés!